"Acho que a história dela parece quase um conto de advertência sobre os perigos de se subestimar mulheres. Quer dizer, e se a Marinha da época ou os militares tivessem levado seu esforço um pouco mais a sério? É algo para se pensar, quando consideramos as mulheres e suas contribuições, tanto no passado quanto no presente" - Marie Benedict, escritora do livro “A Única Mulher'', romance baseado na história de Hedy Lamarr.
Hedwig Eva Marie Kiesler, mais conhecida pelo seu nome artístico Hedy Lamarr, nasceu em Viena na Áustria no ano de 1914.
Em 1933, além de atuar no filme "Êxtase" que trouxe certo sucesso em sua carreira de atriz, a cientista se casou com um dos homens mais influentes no país, Friedrich Mandl, dono de uma fábrica de armas e munições militares chamada Hirtenberger Patronen-Fabrik. Filha de família judia, Hedy se relacionou com o proprietário principalmente por ele proporcionar certa segurança, uma vez que Hitler estava começando a ganhar força na Alemanha. Durante os jantares de negócios, seu principal papel era organizar e entreter os convidados; em um desses jantares chegou a conhecer até Benito Mussolini, que era um dos principais aliados de seu marido.
Porém, com o tempo, Lamarr percebeu que não demoraria para que Friedrich se juntasse aos nasistas, o que realmente aconteceu. Felizmente, depois de uma fuga incrível, durante esse momento ela já estava em Los Angeles negociando sua carreira na indústria dos filmes. Não aceitando menos do que acreditava que merecia, essa mulher incrível conseguiu um contrato de sete anos a US $550 semanais, coisa jamais oferecida para uma iniciante. Também nesse momento ela adquiriu seu nome artístico, por achar que seria mais fácil para os falantes da língua inglesa.
Em uma festa, durante um dueto espontâneo com o compositor George Antheil, onde ele mandava sinais e ela seguia, Hedy teve uma ideia, querendo auxiliar no combate aos nasistas e sabendo que um dos pontos fracos das forças armadas eram mandar torpedos, ela pensou que se o remetente e o receptor mudassem de frequência durante a mensagem, assim como eles fizeram ao piano, seria praticamente impossível de intercepta-la.
Durante meses, com a ajuda de George, eles trabalharam nesse projeto, até que enfim no começo da Segunda Guerra Mundial, eles o tinham pronto. Então levaram o protótipo ao Conselho Nacional de Inventores, que depois de um ano submeteu uma nota assinada pelo presidente do mesmo, recomendando que fosse considerado o uso pela Marinha dos Estados Unidos
Pouco tempo depois, o país entrou oficialmente na guerra, e foi provado rapidamente a pouca eficiência dos meios de comunicação deles, principalmente pela imprecisão, o que aumentou a chance do uso da tecnologia da dupla. Mas o que surpreendeu a todos, foi que a marinha resolveu continuar usando o sistema antigo, mesmo com a capacidade que existia da invenção de Lamarr proporcionar uma grande vantagem para os Estados Unidos e seus aliados. Provavelmente o preconceito com a invenção de uma mulher, ainda mais artista, falou mais alto.
A tecnologia só passou a ser utilizada na marinha em 1962, na Crise dos Mísseis. No entanto, a patente conseguida por ela anteriormente já tinha sido vencida. A atriz só foi reconhecida em em 1997, ao receber uma menção honrosa do governo americano por “abrir novos caminhos da eletrônica”.
Não demorou muito, e sua tecnologia extravasou os limites da área das armas e se tornou a base do que originou várias tecnologias atuais, como os drones, o GPS e o wi-fi. Hedy Lamarr passou seus últimos anos de vida numa casa isolada em Orlando e faleceu em 19 de janeiro de 2000.
Autora: Carolina Nicolielo NiizuOiee! Muito obrigada por acessar minha página! Meu nome é Carolina Nicolielo Niizu, eu tenho 14 anos e moro na cidade de Paulínia desde que nasci. Atualmente estou cursando o nono ano do ensino fundamental, participo do movimento escoteiro e sonho trabalhar com ciência no futuro. Tenho vários hobbies, como ver lives na twitch, assistir o RPG ordem paranormal, acompanhar a fórmula 1, jogar handebol e cozinhar. Sou aquariana, INTP de exatas e corvina.